Baseados na lei da estética, prepararam minuciosamente cada passo a ser dado, cada movimento programado e delicadamente ritmado para serem levados aos olhos de milhares de pessoas, por certa, atentas e emocionadas. Iniciada no dia oito do mês oito as oito horas e oito minutos, tendo como força e capacidade esportiva seu significado numerológico, foi para Pequim que o mundo voltou seus olhares.
Eternas lembranças marcaram estes jogos, quem poderia esquecer do norte americano, Michael Phelps, que recebeu oito medalhas de ouro na natação em uma única olímpiada, superando Mark Spitz, e se consagrando como ' a lenda das pisicinas chinesas' . Ou do jamaicano, Usian Bolt, com toda a sua inrreverência, ousadia e a certeza de uma vitória, o velocista bateu mais um recorde com três medalhas de ouro ao ritmo do reggae. Não esquecendo da Russa, Yelena Isinbayeva, que para demonstrar o seu merecido respeito, estabeleceu o seu mais novo recorde mundial superando a sua própria altura em um salto e entrando para a história do esporte Olímpico.
E de um povo sentimentalista, foi entre lágrimas e sorrisos que surgiram hérois brasileiros. A brasileira que superou a suspensão por dopping, ergue-se, e o atletismo após 24 anos, recebe sua medalha de ouro alcançada por Maurren Maggi. No vôlei feminino também uma demonstração de superação em especial pela Mari, mais com ajuda de toda uma equipe de ouro. E no tatame as garotas bronzeadas do judô, Ketleyn Quadros, e do taekwondo, Natália Falavigna. Na natação o menino de ouro, César Cielo. Retornando aos tatames, o judoca Eduardo Santos, apesar de não ter alcançado a medalha de bronze pela qual disputava, emocionou o Brasil, o qual, escutou os pedidos de desculpa do Eduardo entre lágrimas aos seus pais.
Mas foi nesse curto espaço de 16 dias olímpicos, que o mundo esqueçeu de sua realidade calamitosa, encontrando nas Olimpíadas 2008 o seu refúgio, vidrando os olhos em telas de televisão, buscando uma escapatória nos esportes, e uma inspiração para enfrentar o seu dia-a-dia. Até a cidade cede dos jogos, a qual possui maior índice de produção do dióxido de carbono, passou por um dos seus 'milagres olímpicos', pausando as indústrias e junto com elas suas economias, organizando rodízios de carros, cultivando plantas, e recebendo agradecimentos ambientais, tristemente momentâneos.
Mas a terra dos recordes olímpicos tem seus merecidos parabéns, por toda uma organização e pelos vitoriosos anfitriões.
O mundo agora aguarda anciosamente uma nova mudança de foco, a copa de 2010, na África do Sul.
